A segunda diz respeito ao facto

de sensivelmente 2/3 dos

A segunda diz respeito ao facto

de sensivelmente 2/3 dos colegas não considerarem nem o H. pylori nem a aspirina (independentemente) como fatores de risco gastrintestinal importantes, que são. Só para mencionar a aspirina, mesmo em baixas doses e isoladamente, a sua utilização comporta um risco relativo de hemorragia digestiva alta de 3,6 14 sendo hoje unânime que doentes de risco devam ser gastroprotegidos 4 and 8. Em terceiro e último lugar, SCH727965 temos a questão dos ARH2. Cerca de 50% dos médicos de MGF usam-nos (sometimes, often e always) como estratégia de gastroproteção, sabendo-se, no entanto, que não há evidência científica que o apoie, nem qualquer recomendação, apesar da recente norma da DGS, www.selleckchem.com/products/PD-173074.html referida pelos

autores, persistir nesse erro. Num desenvolvimento recente sobre esta questão, o estudo FAMOUS 15 demonstrou que a famotidina 40 mg/d era mais eficaz que o placebo na prevenção de lesões endoscópicas em doentes sob aspirina em baixas doses, independentemente do risco gastrintestinal. Num estudo de Ng et al. 16, no entanto, cedo se demonstrou que, especificamente em doentes com história de úlcera péptica, sob aspirina em baixas doses, a ocorrência de hemorragia digestiva foi de 7,7% no grupo de doentes sob famotidina 80 mg/d, contra 0% no grupo de doentes sob pantoprazol 20 mg/d. Mas continua a haver interesse na investigação da gastroproteção com ARH2 em altas doses, como os estudos REDUCE o atestam 17. O estudo de Areia et al. tem, por fim, algumas limitações,

algumas delas referidas pelos autores. Trata-se de um inquérito, com cerca de 70% de recusas, o que poderá indiciar um enviesamento a favor da participação dos colegas que se sentiam melhor informados e, desde logo, a uma sobrestimação da taxa de gastroproteção. Este facto agrava-se por ser um estudo de opinião, não sequer de análise de quaisquer dados clínicos objetivos, que pode diferir muito da prática clínica. Outra limitação importante refere-se à possível Sitaxentan sugestão das respostas pela metodologia usada: ainda que de início lhes fosse permitido enunciar espontaneamente os fatores de risco, os colegas foram depois interrogados sobre os fatores de risco que não haviam mencionado (o que parece explicar as elevadas percentagens de identificação de fatores de risco na tabela V). Estas limitações podem explicar, por exemplo, porque quase 60% dos doentes que acabaram sendo submetidos a gastroproteção tinham sintomas dispépticos, uma percentagem muito mais alta do que a habitual: pode ser que se estivesse, então, a usar o IBP para tratar a dispepsia e não com intuito profilático. Concluindo, a taxa de gastroproteção em Portugal poderá ser bem menor que os 50% referidos neste estudo. Que devemos fazer então para gastroproteger mais e melhor os nossos doentes? É preciso formar continuamente os clínicos, todos.

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